sábado, 8 de maio de 2010

Perfil do Triatleta Olímpico - I Parte


Acompanho vários blogs, mas sem dúvida um dos mais ativos é do colega Max da Kona Bikes, lendo uma de suas postagens chamada CORPOS e postando lá um pequeno comentário venho aqui em meu blog dar uma explicação mais cientifica para o assunto levantado por ele.

O assunto se trata do tipo físico para o triathlon, quando falamos de esportes como ciclismo, corrida, natação é fácil falarmos do tipo físico mais funcional para a modalidade, até porque nos baseamos em Phelps, Lance Armstrong, Asafa Powell e gerações anteriores com Gustavo Borges, Miguel Indurain, Carl Lewis...

E no Triathlon? Qual é? Existe? Oscar Galindez é de um jeito, Reinaldo Colucci de outro e Javier Gomes então!

Primeiro devemos separar atletas amadores de profissionais, o triathlon no mundo inteiro é feito por grande parte pela população amadora e nessa categoria não existe e nunca existirá um modelo de tipo físico, como na corrida, na natação, no ciclismo amador também e mesmo em outras modalidades como judô, tênis também será assim, o molde específico só existirá na elite do esporte, até pelo afunilamento natural do melhor desempenho.

Algumas coisas demoram pra acontecer e a “modelagem física” para um esporte que teve sua estréia olímpica em 2000 é uma delas.
Em Sidney ninguém sabia se a modalidade triathlon cairia na graça do público, imprensa, comitê olímpico internacional, mas já anos antes disso quando organizaram a modalidade, criaram um novo regulamento para os moldes olímpicos e a partir de então começou naturalmente a surgir informações técnica, físicas e estratégicas que poderiam influenciar de melhor forma o desempenho do atleta nesta modalidade.

Percebeu-se que os atletas que dominavam as competições quando a etapa de ciclismo não tinha vácuo começaram a perder posições quando participavam das provas com novo regulamento, os atletas que disputavam o circuito classificatório para uma olimpíada deveriam ser ótimos nadadores e ótimos corredores, o tempo de corrida para os 10 km finais começou a cair drasticamente, atletas correndo acima de 18km/h de média e com essa informação a seleção natural começou a trabalhar já que atletas com muito volume muscular geral ou mesmo específico como, por exemplo, de quadríceps teriam bem mais dificuldades para correr nessa velocidade.

Na última olimpíada em Pequim os atletas já tinham um perfil bem mais parecidos quando na sua estréia em Sidney, mas mesmo assim ainda é pouco tempo são apenas oito anos de diferença.

Até.
(Segunda parte na sequência)